maio 09, 2007

RECORDANDO


Púrpura
era a cor da lua,
pálida,
errando a luz
da madrugada.
Ternos,
eram os braços
que me enlaçavam,
me devolvendo
a um ventre esquecido;
Santa,
era o nome de mim
pincelado em gritos
nas cores
de uma tela irreal.
Boémia era a vida
lavada no pranto
do andar trôpego
de um bêbado da cidade.
Valsa era o som
bebido a sós
entre o sax
e o chocalho
de um coração
abandonado.
Longa era a noite,
cravada de dor
nos olhos do poeta
do bordel da vida.




Vera Ferreira
17/02/98

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