outubro 31, 2006

OSHO


No ano passado descobri um autor, que me fascina! Osho.
Tenho estado a ler algumas obras suas e, garanto-vos: vale a pena! Ele é simplesmente provocante e profundo, espiritual e SÁBIO!
Osho nasceu em Kuchwada, Madhya Pradesh, Índia, a 11 de Dezembro de 1931. Filho de um modesto mercador de tecidos, viveu os primeiros anos de sua infância, ao lado dos avós – e desde cedo mostrou seu espírito crítico ao questionar os dogmas políticos, sociais e religiosos naquela sociedade. Graduou-se em Filosofia com honras de primeira classe e foi professor na Universidade de Jabalpur durante nove anos. Dedicou mais de 35 anos de sua vida à transmissão de ensinamentos sobre a recondução do homem e a sua liberdade espiritual. E milhares de discursos já foram publicados em cerca de 650 volumes, incluindo traduções em mais de 30 línguas.

“Osho é um dos mestres espirituais mais conhecidos e provocativos do século XX. Desde os anos 70, ele chamou a atenção dos jovens ocidentais que se interessavam por meditação e técnicas de transformação pessoal. Mais de uma década depois de sua morte, em 1990, seus ensinamentos continuam se difundindo pelo mundo, influenciando buscadores de todas as idades e países.”


Hoje, ao ler uma de suas obras, “O livro do Homem”, me achei tão próxima de sua lógica, tão identificada com sua forma de escrever! Num artigo, que fala de mendigar atenção, ele diz a certa altura:

“ (…) Esta é uma das fraquezas do ser humano, uma das debilidades profundamente enraizadas – pedir atenção. A razão de alguém pedir atenção é porque ele não conhece a si mesmo. É apenas através dos olhos de outra pessoa que ele pode enxergar seu próprio rosto; ele encontra sua personalidade na opinião dos outros – o que dizem importa imensamente. Se eles o negligenciam, o ignoram, ele se sente perdido. (…) Mesmo se as pessoas lhe condenarem, lhe criticarem, mesmo se elas estiverem contra você, isto é aceitável; pelo menos estão prestando atenção em você. (…)”
“Qual o significado de um homem fazer jejum? Mahatma Gandhi utilizou a estratégia sua vida inteira (…) por outro lado, não há nenhuma espiritualidade no jejum – milhões de pessoas morrem de inanição. Milhões de pessoas morrerão nos próximos dez, doze anos de fome. Ninguém lhes dará nenhuma honra ou respeito. Por quê? Porque a sua morte por inanição é inevitável. Elas não estão morrendo intencionalmente, mas porque não têm o que comer; elas simplesmente são pobres e estão morrendo por inanição.
Mas Mahatma Gandhi tinha tudo à sua disposição, embora ele vivesse como um homem pobre. Um de seus mais próximos seguidores, uma mulher muito inteligente, Sarojini Naidu, tem uma declaração arquivada, que para manter Gandhi pobre, eles tinham que gastar uma verdadeira fortuna. Não era uma simples pobreza, era um show montado.
Ele não beberia leite de búfalo porque é caro, rico em vitamina A e outras vitaminas. Ele não beberia leite de vaca porque também é caro e a população não podia adquirir. Ele tomaria apenas leite de cabra, porque é o mais barato e acessível às pessoas pobres. Mas você ficará surpreso: sua cabra era lavada duas vezes ao dia com sabonete Lux! A sua alimentação era tão rica que qualquer pessoa rica poderia sentir inveja.
É um mundo muito insano! A cabra era alimentada com leite de vaca, caju, maças, e outras frutas; ela não vivia no pasto. Sua refeição diária custava naquela época, dez rupias por dia; estas mesmas dez rupias eram suficientes para um homem viver um mês inteiro.”

Atenção lhe dá tremendo alimento para o ego.

outubro 30, 2006

MSG PARA O RICARDO

Ricardo , isso é Genial, caro amigo, genial !!!

A nova revelação da Música Brasileira !!!

Parte 1

O Músico e artista Ricardo Oliveira de Deus (Pianista, compositor, arranjador e professor) lança seu mais recente trabalho *Fragmentos*.
Mais uma preciosidade musical e histórica do Brasil, com influência de grandes nomes da música brasileira como, Egberto Gismonti, Zimbo trio entre outros.
Um trabalho de altíssimo nível e sofisticado como esse, merece o nosso valor, respeito e muitos aplausos, pois, é assim, que a música se renova, se reafirma e ganha ainda mais a identidade da música e da cultura brasileira, que é extremamente rica em estilos, ritmos, etnias, alegria e muita amizade

O Brasil te espera com muita honra e ansiedade!!!

Parte 2

Ricardo
Você é um exemplo de talento, fé, dedicação, persistência, energia, coragem,e principalmente simplicidade.
Estou muitíssimo feliz, por mais essa vitória.
Grande irmão!
Estou com muita saudade, e gostaria de poder comemorar esse momento contigo.
Venha logo se apresentar em São Paulo, ou em Suzano voltando às origens com a cabeça erguida e quem sabe também em Mogi que é onde eu moro actualmente.
Temos muito o que conversar e muitas ideias e experiências para trocar ou tocar quem sabe.
Sinto uma enorme alegria que talvez seja um enorme orgulho de ter você como amigo e um músico profissional membro da nação brasileira que tem vários tesouros escondidos, e alguns revelados assim como você.

AH!!! E antes que eu me esqueça, acabei de lembrar que foi você que me apresentou o universo de Egberto Gismonti, Naná Vanconcelos e me recomendou Hermeto Pascoal e Zimbo Trio.
Nunca me esqueci disso, e até hoje quando Escuto o som do Egberto, me lembro de você, como se fosse o meu amigo Ricardo Gismonti, ou Egberto Oliveira de Deus.
Eu sempre falo também do nosso outro génio e alagoano Hermeto pela sua simplicidade, criatividade, sensibilidade e enfim, um tesouro, que não se preocupa com modelos, rótulos, padrões ou regras pré estabelecidas.
A naturalidade é vital e eu sinto a música dele como a natureza e o universo.

Não tenho nem palavras para agradecer tamanha consideração e saiba que eu tenho uma grande admiração por você.
Sei que você deve ter muitos compromissos em sua agenda, mas se for possível , mantenha seus amigos informados, dos seus projectos e apresentações, principalmente no Brasil , para que possamos prestigiar seu trabalho, ajudar na divulgação e apoiar em tudo que for preciso e estiver ao nosso alcance.
E não esqueça de dizer como, quando e onde iremos encontrar esse seu tão esperado CD.
De seu amigo
Ricardo Nunes Durães
!!! ou se preferir como nos velhos tempos !!!
De : *** Soldado Nunes - nº 139 -TG Suzano - SP ***Para : *** Soldado Ricardo Da Lua - nº 140 -TG Suzano - SP ***

Até breve
A paz de DEUS seja convosco.
Mogi das Cruzes- SP -BRASIL, 30 de outubro de 2006 - 01h 05 da madrugada

outubro 28, 2006

CONVITE



Esperamos por todos os amigos e bons amantes da música, dia 03, às 22H00 em ponto.

VDMaktub, Bom de Vera ou o que mais queiram


Por Filinto Elísio


Busquei por horas um nickname maneiro para este Blog. Pedi inclusive o concurso do Pranchinha que, vez por outra, me aparece com algo mais criativo. É que tu, Vera-Lúcia, és uma esteta em pessoa – nada a ver com os “mais iguais” do Triunfo dos Porcos, de George Orwell –, motivo que me levou à parcimónia de renomear o VDMaktub. Andando pela Av. Dom Luís, dei de caras como o nome – Bom de Vera –, bem chapado no frontispício de um prédio. “Eureka, si n ka pruveta es nomi, ki n kreka”…pensei num neolatinório terra-a-terra e alupekadu.

VDMaktub, diga-se em abono da verdade, parece até nome de agente secreto, desses que brigam contra o nosso dilecto James Bond. Onde foi Vera-Lúcia buscar o raio deste nome? Fê-lo, como vaticina o Pranchinha, para espantar José Bouquinhas, Pasqualini Settebellezze e Dom Charles, o Chaplin? Em caso afirmativo, ela teria razão, já que o pessoalzinho, além de bera, rasca e inculta, tem muito de caprino e nós, nisto de ética digital, somos todos vegetarianos. E, nesta fase veggie, não há espaço para os PêCêDês, sigla que responde por Pacóvios, Covardes e Desistentes, vulgo “laranjinhas da net”. Pois será VDMaktub, eivado dos belos textos de Vera-Lúcia de Deus e acompanhado dos gostosos acordes de Ricardo de Deus, o pianíssimo e veríssimo da deusa, para os mais chegados.

Tudo isso, para vos dizer que doravante chamarei este Blog de Bom de Vera, nem mais. Personalizando-o, bem à minha maneira, serei dele leitor assíduo e atento. Este point, já no começo, indicia corpo e alma. Forma e conteúdo. Uma harmonia entre a palavra e o ritmo. Aqui, a intenção e o gesto são feitos um para o outro. Tipo Romeu e Julieta. Refiro-me naturalmente à goiabada com queijo ou, em sua ausência querida, ao arroz com feijão. O eterno e transcendente baião-de-dois…

Uma última palavra sobre o VDMaktub, aliás BDV (Bom de Vera), não queira o leitor esgotar a sua percepção a cada leitura. Entrar no âmago do Artista é como deambular pelo labirinto. E Bom de Vera é fogo, não se revelando todo. Vou das chamas aos fumos, passando pelos seus incensos, e fica-me a sobrar a maior parte do enigma. Os meus cinco sentidos nem dão conta das virtualidades veladas deste Blog. A expectativa é o seu maior trunfo, diria até a sua carta na manga. Vera-Lúcia, estou com vontade de ler mais. Feita uma fome mesmo…

AINDA A PROPÓSITO DE FRAGMENTOS



Nas minhas leituras recentes, tornei a folhear um livro que adoro, por seus ensinamentos, e achei este texto, que tem a haver com o nome do novo trabalho do Ricardo, mas sobretudo, tem tudo a haver com a existência de todos nós. Quis partilha-lo convosco, pela sua riqueza e sua profundidade.
Deliciem-se!

“O viajante está sentado mo meio do mato, olhando
uma casa humilde à sua frente. Já esteve ali
antes, com alguns amigos, e na época tudo que
conseguiu notar foi a semelhança entre o estilo da
casa e o de um arquitecto galego – que viveu há
muitos anos, e jamais colocou os pés naquele local.
A casa fica perto de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e é
toda construída com cacos de vidro. Seu dono,
Gabriel, sonhou em 1899 com um anjo que lhe
dizia: “Constrói uma casa de cacos.” Gabriel
começou a coleccionar ladrilhos quebrados, pratos,
bibelôs e jarras partidas. “Tudo caquinho
transformado em beleza”, dizia Gabriel de seu
trabalho. Durante os primeiros quarenta anos, os
moradores locais afirmavam que era louco. Depois,
alguns turistas descobriram a casa, e começaram a
trazer os amigos; Gabriel virou génio. Mas a
novidade passou – e Gabriel voltou ao anonimato.
Mesmo assim, continuou construindo; aos 93 anos de
idade, colocou o ultimo caco de vidro. E morreu.

O viajante acende um cigarro; fuma em silêncio. Hoje
não está pensando na semelhança entre a casa de
Gabriel e a arquitectura de A. Gaudí. Olha os cacos
reflecte sobre sua própria existência. Também ela –
como a de qualquer outra pessoa – é feita de pedaços de
tudo o que se passou. Mas, em determinado momento,
estes fragmentos começam a tomar forma.
E o viajante relembra um pouco do seu passado,
vendo os papéis em seu colo. Ali estão pedaços de sua
vida: situações que viveu, trechos de livros que sempre
recorda, ensinamentos do seu mestre, historias dos
amigos, fabulas que algum dia lhe contaram. Ali
estão reflexões sobre o seu tempo, e sobre os sonhos de
sua geração.
Da mesma maneira que m homem sonhou com um
anjo e construiu a casa que está diante de seus olhos,
ele tenta ordenar estes papéis – para compreender
sua própria construção espiritual. Lembra-se de que,
quando criança, leu um livro de Malba Tahan
chamado Maktub! E pensa:
“Será que eu devia fazer o mesmo?”

outubro 26, 2006

FRAGMENTOS

foto de : Omar Camilo

O meu blog é ainda praticamente inexistente e, já se orgulha de poder conter nas suas primeiras notícias, uma que muito me apraz: a do lançamento do primeiro trabalho a solo de Ricardo de Deus, meu marido.
Pois é, depois de muito caminho, ele está aí: FRAGMENTOS!
A proposta de Fragmentos foi tentar reunir um pouco da vivência das culturas cabo-verdiana e brasileira, assim como fragmentos de diversos estilos, géneros e formas de composição, que o musico aprecia e estuda, desde o período barroco, passando pelo contra ponto e fugas, prelúdios, missas de Bach (um dos compositores favoritos de Ricardo), passando pelo chorinho, pela morna, indo se misturar à bossa nova e à balada, passando ligeiramente pelo funk, a balada pop ou a balada com um cheirinho a jazz. Passando pelo compasso 6/8, lembrando um batuco e passando pelas raízes negras, as raízes afro-brasileiras. E é mais ou menos assim que se descreve Fragmentos.

“E para o músico, é assim também a vida, formada por fragmentos de muitas coisas, que nos faz, todos os dias aprender algo de novo. E com este sentimento, transmitimos através da música instrumental, muita tranquilidade, Paz e reflexão através do som.”

Dia 03 de Novembro, este trabalho passará a ser de todos nós. Em hora a confirmar, o Tabanka Mar acolherá Ricardo e alguns amigos, para uma apresentação pública de Fragmentos.

Não vou tecer nenhum comentário. Deixo a vocês, essa faculdade. Espero que gostem!
No entanto, não posso deixar de desejar publicamente, a este músico, MUITO SUCESSO!

Vera

RECORDAI


Há dias, tive a oportunidade de ouvir uma canção muito bonita, que fala da Praia nos tempos antigos, e não pude deixar de me lembrar, que tinha guardado no PC, um texto interessante…
Tenho que repartir convosco, esse texto que me chegou pela net, há já uns tempos cujo autor desconheço, mas que felicito, quanto mais não seja, pelo rol de coisas boas que me fez recordar e, francamente… pelas gargalhadas que me fez dar, com bastante vontade.



“Dja bu pasa vinti y kuatu anu?
Sin! Anton sukuta un kusa


Tenpu ai ta pasa y, trando Malaika ku Ester, nos tudu sta bira bedju. Bu podi txiga kel konkluson li di un manera muto sinplis, e so bu pára bu pensa un koxi. Ka bu spanta si N flou ma miniz ki kaba 12º ano pasadu y ki dja bai kurso es nasi na 1984 kando bo dja bu sabé andá, lê, skrêbi y dja bu kumesába na kunfiadesa di trouxeste as karta, kazamentu inglêz, verdadi o konsekuênsia? - konsekuênsia e klaro.
Si bu djobi dretu Atari ka ta ejisti pa es. Es ka djuga na ZX Spectrum 48K ligadu na tilivizon, ta espera mas di sinku minuto ta odja monti di koris ta troka na TV, ta reza pa djogu entra, pamodi sinou e otu 5 minutu ta espera. Es ka djuga Gami di bolsu ki ta poi pilha di liroxi, ki kel omi fla m’e djuga ti ki seka pilha. Ti oxi es ka sabi kuze k’e kalsa sanju ô Kulukutu ki fari sandalia socal. Ti oxi es ka
bisti kalsa ganga di morabeza nen di bonbazine. Es ka koba txon 3 bez pa djuga Karanbola (primera, sigunda, tersera, mats), es ka trokola pe na ora fulha, es ka da Kurubati (...ma kurubati e fixu ) Es ka espera tenpu txuba pa fazi korida di barku ainda ki seja ku pô di fôz ô biata di sigaru. Es ka anda tudu bera di calçada simentado ta djobi pista pa djuga meta nen es ka pidi ilastiku na Banku pa poi na karu pa ka pasa ponta. Kel memu ilastiku ki ta sirbiba tanbé pa poi na fletxa pá kasaba txota ku lagartixa. Es ka pidi Araminhu na kureio (ex CTT) pa poi na kel arami mopidu ki bu ta pidiba na oficina, o ki si bu tinha mas sorti bu ta atxaba na txon. Es ka rinka po seku di baboza pa fazi spada nen es ka bebi Xalalá. Es ka sabi kuze k’e Freskinha 3 kor nen si tenba Djarama. Es ka dadu papa (UNI)CEF ki yomada nen s’e sô pa fazi kamoka. Es ka finji duenti so pa dadu bolaxa Tuc ku Carnivali. Malta ku Compal di pera nunka foi sis bibida preferido. Es ka pasa un tardi ta ri ku Bud Spencer y Trinitá. Es ka txora lebado Filmi indiano pa torna bá txora tó ki Ravi (Amitah Bachchan) ta móri. Es ka kumpra dosi na tabulero di Xunpinha. Es ka brinka “tubarão não mi pega...” na prasinha skola grandi. Es ka kumpra Regua di madera nen Kaderno di Firestone (bu ka ta kerdita si N flou ma ti inda e ta bendedu). Es ka bai skola ku Kapa Amilcar Cabral. Es ka leba papel igieniku pa skola pa brinka “à malha” nen es ka dikora nomis di kau, di fruta y di sidadi pa brinka “Nomis Nomis”. Es ka pidi kolega Frazi pa redason (A vaca é um animal doméstico. A vaca dá leite. Com o leite...) nen es ka fronta dia di prezenta Trabalhos manuais. Nunka ka das prazer kolesiona Lata baziu di tudu tipo sikre katadu na sentina “Nhu Dimingo”, nen es ka pegado ta rinka Tanpinha di karu genti.
Parse-m m’es ka bai porta di bar ku splanada káta Pratinha pa fazi timi futebol. Es ka kori traz di Kromus di Zico ku Maradona. Es ka sabi pamodi ki Sucupira ten kel nomi lá, nen es ka sabi ken k’e Lindus Mérias (boxeru famado). Es ka konxi Boboxi na Tabanka Varzia Conpanhia nen es ka kori traz di (Tó) Charlô ku Nha Punotxa. Nunka es foi Pioneru. Es ka obi Katchas ta sola, es ka konxi Boney M. Es ka sabi ma “gelados pica-pau é uma maravilha”
Nunka es imita mota tranzito p’es fla m’es e Djangu. Es ka ta saíba na rua mo dodu o ki prisidentis de otu kou ta benba (es ka delira ku C.I.L.S.S. na Praia – seti presidenti d’un bês). Es ka konxi Sartana, kabalu nhaku. Es ka konxi biskileta Catita ku IFA tropa.
Es kandu es tchiga es atxa Michael Jackson branku. Es ka fulha talku na txon pa da kel pasu di Billie Jean. Es ka insaia Breakdance na caza nen es ka odja Lagoa Azul 10 bês - nen N ka mesti flou ma nunka es ka atxa Brooke Shields mudjer mas bunita di mundu. Es ka kori pa caza pa ba odja Bel ku Sebastião (corre, corre, Bel... o Bel é tão grande e o Putchi é pequenino...). Es ka sabi pamodi ki oji ten tantu katxor ku nomi di Putchi. Es ka konxi kel boneka panu (Emilia - Sitio do pica pau amarelo) ki ta dada na TeleVisão Experimental de Cabo verde (ex-TVEC).

Un lista di sodadis:
Sumu di bigodi, tang na baion amarelo di olio; sumol di garafa, chingua malabar; fresquinha três kor; gelados pinguim - ku direito a guarda xuva; puxada; doneti Purkelia; dropz liláz (supuzitório); djuga centro; inter-turma; karanbola; monopolio; brinka monzuar (arákua 1, arákua 2, arákua 3 ... altu); odjada; polisia ladron; kampanada (podé); saltu au eixu; anel; póti; aizun (az trokolada; az cruzada...); takada; ríngi; bara du lensu (fogu, água); baratinha; kazaku Michael Jackson; io-io; intervalo 20 minuto na gradi; relójio sukupira (trabalho manuais na japon); festa fin de periodo; video betamax, sapato sabrina; rabati (fupu, seka pitrólio); sinkuentinha na OPAD; novela o Bem-Amado; jinkana; Bulimundo; Tabanka; jogos escolares; mantenhas pela radio (para Júlia a caminho da América com votos de...); Bala ku Rubon; filmi di Bruce Lee; purfumu Lomani; xupakaka; 1, 2, 3 makakinho du chinês; prugrama “Olá meninos” (Olá, tu que estas aí...); Ti Ganga, Nhu Lobu ku Xibinhu; loja Galarias; rissois di (D. Magui) Liceu; mota Gery; Rambo I, II e III
Bu sta lenbra di tudu kes kuza li? Si bu lenbra di metadi, anton nha amigo, dja bu dâ di banda. Gosi e sô: Na nha tenpu...
Nu sta bira bedju.”



BENVINDA EU!

Sou nova nestas paragens….
Mas sempre quis ter um espaço meu, onde pudesse escrever, opinar, descrever, etc… sem ter de recorrer ao vil metal, sem ter de “meter” cunhas, sem ter de incomodar ninguém.
Quando criei o espaço, não sabia lidar com ele…. Foi uma comédia. E nessa comédia, o meu primeiro post foi um extracto de um poema que dediquei, anos atrás, à chuva…

Hoje, o meu encanto com a chuva já não é tão acelerado! Continuo adorando a natureza e suas manifestações positivas, mas… de cada vez que chove mesmo, que cai aquela tromba de água, meu único desejo (me desculpem) é que ela termine logo! Somos mesmo desgraçados! Precisamos tanto da chuva, pedimos tanto para que ela nos presenteie, mas passamos tão mal quando ela vem!

As construções de Cabo Verde, sobretudo na Praia, onde conheço melhor, não são pensadas como um pacote com chuva inclusa…. “nunca chove, por isso, para quê gastar tempo e dinheiro em pormenores que a acolham?” deve ser o que eles pensam…. Não sei.
E nessa onda, a casa que habito é definitivamente o exemplo mais vivo dessa “lógica”… quando chove à noite, já sei…. É serão na certa… a limpar e a esperar mais para limpar.
Há dias, depois de uma grande chuvada e de um serão imenso, as olheiras me chegavam às bochechas! Todos os que me abordavam por causa da minha fisionomia, ouviam meus relatos da espectacular noite que havia passado. Porém, me surpreendi também pelo facto de me aperceber, que 99% das pessoas com quem falei, haviam passado uma noite, senão igual à minha, pior! É óbvio que, à partida, sabia que havia Muita gente mesmo que se encontrava em situação pior que a minha, mas nunca me teria passado pela cabeça, que essas pessoas pudessem ser também, as que vivem em casas aparentemente superiores à minha!
Concluo que, definitivamente, a construção aqui deve ser seriamente repensada!
Não entendo nada disso, mas qualquer leigo, pode constatar que, situações destas só acontecem porque há má construção. Senão vejamos: como é possível, que numa casa, o local de escoamento da água se encontre num plano mais alto que o restante? Como aceitar que, o local de escoamento das águas se encontre a alguns centímetros acima nível do chão? Que a água entre pelos vidros e por baixo das janelas? Que as portas e janelas inchem de tal maneira que, deixam de abrir?
Isto, para não falar daquela franja da população, que me aflige a cada descarga de água, aquela que vive nas encostas, nos bairros degradados onde a cada dia surge uma nova moradia….aquela que não tem esgoto, não tem canalização, não tem janelas nem portas que incham! Que é arrastada pela lama, atacada pelos mosquitos que oportunamente se instalam após cada aguaceiro, isolada pelos caminhos que se interditam, enfim… aquela franja que “sofre calada”.
E reparem, que só falei nas casas! Nem cheguei a roçar as outras estruturas! Palavras para quê? Talvez numa outra oportunidade.

E ainda, temos a lata de falar de turismo, de desenvolvimento, e de uma série de outros ismos? Por favor! Sejamos mais realistas, mais conscientes e mais humildes!

outubro 11, 2006

COMOÇÃO

Chuva!?!
Será que sonho
quando chove,
ou será que chove
quando sonho?
O cheiro a terra molhada,
o verde reinando,
as foices cortando,
as enxadas sulcando,
e o suor do camponês...
pingando,
transformam o meu sonho
realizam minha ânsia.
É chuva!
Grossa, potente, eficaz!
Molha meu chão
e minha alma,
e com o coração
na palma da mão
choro aquele obrigado...