novembro 27, 2006

CINEMA POBRE EM CABO VERDE 1


Sexta-feira, 24/11 – não fui, confesso.
Soube porém, que o “Chapéu do metafísico” foi projectado, uma vez mais!


Sábado, 25/11 – às sete, como de costume, lá fui.
Sabia à priori quais as projecções programadas e sabia que me iriam interessar.

1ª Projecção - “Cayo Hueso” de Omar Camilo, um documentário sobre Havana, que relata sucintamente (12 minutos), a história do bairro onde nasceu a rumba. Trata sobretudo a reconstrução do património histórico, pela própria comunidade. Muito interessante. Contudo, Omar já nos havia, de início introduzido um pouco no argumento, o que foi uma mais valia.
2ª Projecção – “Crisis”, documentário realizado por estudantes de cinema cubanos, que trata a construção de um filme documental, ou seja, a escolha do tema e a forma de abordagem e desenvolvimento do mesmo, tendo em conta questões politicas, ideológicas, económicas e sociais, com entrevistas a documentaristas de renome em Cuba.
Igualmente interessante.
3ª Projecção – “Cova da Moura – Portugal ou Cabo Verde?”
Coube a vez a Cabo Verde. Igualmente um documentário, da autoria de Paulo Cabral, que aborda a questão da identidade cultural dos habitantes de Cova da Moura, bairro com uma grande comunidade de cabo-verdianos em Portugal. A questão dos descendentes de primeira e segunda geração de cabo-verdianos, nascidos em Portugal, que nem conhecem Cabo Verde, porém sem a cidadania portuguesa, com todos os problemas que daí advêm, é demonstrada aqui, através de alguns testemunhos de jovens mães solteiras (outra questão retratada).
Muito interessante e actual. Gostei imenso.

Minha segunda experiência, foi frutífera, diria eu, sem sombras de dúvida.
Talvez hoje, me passem a incluir, ou pelo menos pensar nisso, no rol dos ricos de espirito.

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