dezembro 28, 2006

ATENTADOS PUBLICOS

Quem nunca pensou ou reflectiu, no que vou escrever, que levante o braço ou “atire a primeira pedra”!
Em pleno séc. XXI e, já nos finais de 2006, ainda somos vitimas, todos nós, de uma série de atentados: à moral e bons costumes, ao pudor, à inteligência, ao bom senso, à lógica, ao respeito, à dignidade, ao bolso, enfim… um rol interminável! Reflictamos sobre alguns, que para mim, são tão absurdos, que se tornam irreais!




O LIXO
Não é concebível a proliferação dessa matéria inorgânica (e algumas vezes orgânica mesmo), que abunda nesta capital.
É certo e sabido, que a malta não contribui muito, ou mesmo nada, mas os serviços municipais responsáveis por esta matéria, também permanecem aquém de qualquer expectativa!





Por exemplo, tenho quase a certeza, que somos o povo que mais “consome” sacos de plástico! Indício óbvio de subdesenvolvimento, mas okay, ainda é aceitável, que não tenhamos ainda tido o bom senso, de optar pela matéria reciclável, ou pelo simples papel! Até aí…tudo certo. Mas… deixar que esse produto se torne tão “natural” a ponto de ser encontrado a esvoaçar por todos os cantos desta nossa “menina do mar”, são outros quinhentos! Em dias de vento então, caramba, se nos distraímos, corremos o sério risco de levar com um deles, bem gordurento ou fedorento, bem no meio das fuças.


O mau hábito, fruto da falta de civismo, de deitar tudo o que não nos serve para mais nada, para o primeiro lugar que se nos apareça à frente, é deveras afrontador. Começando pelos bairros mais desfavorecidos (e por isso mesmo, mais desprovidos de condições habitacionais), que preferem atirar seu lixo para as ribeiras (que se entopem às primeiras gotas de água), ao invés de o colocar nos contentores (que por acaso até os há), passando pela classe média (detentora de um status quo de aparências), moradora em bairros mais “nobres”, que parece ter nojo de se chegar aos contentores que fedem e tresandam, preferindo depositar seus “dejectos”bem ao lado dos mesmos, à mão de semear dos cães e “grabatadoris di lixu”, àqueles que o atiram das janelas e saguões dos seus 2º, 3º e 4ºs andares, cientes que nenhuma testemunha possa denuncia-los, até chegar ao simples transeunte, que à falta de pequenos cestos de lixo pela cidade, deitam o papel ou a casca, ou mesmo a garrafa, para o chão, sem nenhum tipo de complexo ou vergonha, são todas cenas dignas da era Neandertal. Nunca, de um país que se pretende digno do interesse do mundo, dum país que se diz de desenvolvimento médio, nem muito menos de um país que se fez contemplar pelo MCA!
A malta precisa, urgentemente, de ser educada! Como, não sei! Mas decerto, há-de haver capacidades para pensarem no propósito e elaborarem um plano estratégico de urgência! Senão, a continuar desta maneira, entramos num verdadeiro Estado de Sítio!
Quanto aos serviços municipais, que deveriam garantir a qualidade de prestação de serviços em prol do meio ambiente, sobretudo através de uma colecta de lixo regular e eficiente, são um autêntico Deus nos acuda! Em dias que antecedem algum feriado então, a coisa fica preta e vira um pandemónio total: o feriado para eles começa sempre uns dois ou três dias antes, consoante a disposição de quem coordena. Parecem tomados de um chá de sumiço e total ataque de paralisia! E é ver os contentores a abarrotar, outros virados de ponta cabeça, com seus limítrofes todos “empanturrados” de toda a sorte de lixo. E, cada um que se aguente à bronca, afinal é feriado!
Isto é desenvolvimento? Isto é gestão? Isto é o QUÊ afinal de contas? Houvesse medidas punitivas e deixaríamos imediatamente de ver, restaurantes, instituições públicas e privadas relegando seu lixo à comunidade, deixando-o plantado bem no meio das vias públicas!
É o que digo….
(Continua...)

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