março 23, 2007

CIDADE VELHA : RIBª GRANDE DE ESPANHA

Não concordo, não concordo, não concordo!
E não sou a única!
A atribuição da gestão turística da Ribeira Grande aos espanhóis, é um atentado à inteligência de qualquer um!
Se, como diz Américo Lopes, em seu artigo “O Porquê (do sim) à gestão Espanhola”, num dos jornais “A Semana”, “Cabo verde não tem condições para oferecer um serviço de qualidade ao turista que procura cultura (…)”, há, no mínimo, que se reunir as condições, criá-las! Que se mandem vir formadores de fora (chamam-se por dá cá uma palha!), que se forme gente, e que se lute pelo que é nosso! Porque, convenhamos, por mais que tenham condições profissionais, não terão, concerteza, noções exactas da nossa cultura, ainda por cima para oferecer aos turistas! Não há de ser nenhum espanhol que nos vai valorizar e preservar a cultura, a ponto de cativar o turista, isso é mais que certo!
Só para exemplo, vou relatar uma que aconteceu há dias (comédia autêntica):
No passado dia de cinzas, dois amigos meus, decidiram ir para fora da cidade… e escolheram ir comer à Cidade Velha! Foram acolhidos por gente que se expressa em espanhol, para começar! Completamente ébrio, o fulano que os atendeu, comunica que não tinha a comida especial desse dia. Até aí… tudo bem! Escolheram outra coisa, e quando o funcionário vai preparar o pedido, deparam com uma cena absurda: de cigarro no canto da boca o dito cujo ia manejando a comida! Estupefactos, foram verificando uma série de incongruências que os convidava a saírem dali sem demora! A música ambiente era “tout simplement”, uma variedade de géneros que excluía pura e simplesmente a de Cabo Verde.
Resolvem pedir um gin com água de coco, a ver se relaxavam… não tinham água de coco, mas (imaginem) sugeriram se levantassem e fossem comprar num local que mostraram bem ali em frente, mas com a condição de, eles mesmos quebrarem o coco, dado o estabelecimento não o fazer!

Francamente! Isto é uma gestão que se quer digna de um local, que o turista conheça e tenha acesso a parte da nossa cultura? Perante este quadro, é realmente plausível o argumento da ausência de condições do cabo-verdiano para executar este papel?
Mas onde é que estamos? Mas o que é que queremos afinal?
A ajuntar a isto, li há dias no
www.cvmultimerdia.blogspot.com um artigo sobre o assunto, a denunciar comportamentos do género, desta feita, no forte da Cidade, que completou minha indignação!

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