março 12, 2007

VER OU NÃO VER, EIS O PROBLEMA


A maioria dos atentados públicos, por mim expostos neste meu espaço, são tão visíveis, que riscam se tornar “lugar comum”. Porém, existe o problema de querer ver ou não! O pior cego….
Se há coisa que me indigna sobremaneira, é o à-vontade com que se libertam as fezes e a urina ao ar livre, nesta terra!
Alguém já falou em questão cultural! Como assim? Porquê então, antes não se agia desse modo? A cultura estava oprimida, escondida, ou simplesmente, não existia? E, se se reconhece essa falha cultural, porque não se tomam medidas, por forma a reverter o quadro?
Pode até ser cultural, mas neste caso, o problema está directamente associado às condições propícias para tal desmando. Enquanto houverem terrenos baldios e sujos, pardieiros abandonados, carcaças de viaturas abandonadas, esqueletos de edifícios por terminar há muito, terrenos com projectos a mofar algures, etc, etc, a malta do “defecanço” vai ficar grudada em seu problema cultural, e nauseabundiar a vida de cada um.
Sem falar no morador de bairros mais condignos, que saem com o seu lixo e o vão largar ao lado da porta de outro, só porque no seu quarteirão é tudo calcetadinho, e no do outro como ainda está por arranjar e com ar de…. Dá menos nas vistas. Para não falar, nos restos de obras, que a cada vez, são largados no primeiro espaço que se encontra livre e por lá permanecem eternamente!
Bem nas traseiras do supermercado Felicidade na ASA, existe um terreno enorme, que dá também para o IIPC e outros edifícios residenciais que, para além de se terem esquecido de o tornar decente (à semelhança do resto do bairro) com a construção de uma praceta ou mesmo um parque de estacionamento, tem uma porção de terreno abandonado, que anteriormente albergava um “inicio de edifício” deitado abaixo posteriormente pelo novo proprietário.
Pois é, nesse mesmo local, ficaram os escombros da obra deitada abaixo… e é justamente aí, que todos os “defecantes” dos arredores, acham que têm o direito de ir despejar suas necessidades mais podres, a qualquer hora do dia!
E agora, como se não bastasse, vai-se lá deitar lixo! E já não é só a malta dos arredores!
Por exemplo, há uma loja de venda de frutas nesta zona, que atira no contentor normal do bairro, caixas e mais caixas de fruta e legumes podres… e o “grabatador de lixo” vai, apanha as caixas, escolhe as menos podres, e o resto simplesmente fica no lugar onde ocorreu a selecção, ou seja, bem no meio deste espaço!
Onde estão os Serviços Municipais? Estão à espera que se deflagre qualquer tipo de doença ou problema, para tomarem uma medida de urgência?
O que se encontra de gente defecando durante o dia, dava para estrumar todo o território de cultivo de Santiago! Santo Deus!
Falando do líquido que se despeja também onde se lhe dá na telha, a situação fica cada vez mais caótica! Todo o beco ou ruela com muros dos lados, tem impregnado o odor fétido de urina podre. É pena não termos cobras em Cabo Verde, garanto-vos!

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