janeiro 31, 2007

NOTAS SOLTAS

VACA SAGRADA

Na ultima edição do Jornal A Semana, na pagina 7, um dos artigos do famoso Radar, dava conta de vacas passeando em plena Rotunda da Electra, por volta das três da madruga. Pois é, eu mesma, há umas duas semanas atrás, presenciei tamanho absurdo, mas às 19H00! Em plena hora de ponta de um dia da semana! Tratava-se de uma pequena manada, que circulava, na maior das descontracções, pelo centro da Avenida (do lado de quem vem da Fazenda), bem em cima dos canteiros centrais, repletos daquela planta verdinha bem rasteira que, diga-se de passagem, foi “muito bem escolhida” para o local!
Agora, para além do Palmarejo e Prainha, as vacas ganharam terreno, espalhando-se pela cidade, atrás de alimento. E, como se sentem sagradas (estatuto ganho através da impunidade), qualquer dia, não me admira nada, vê-las a passear em plena Praça Alexandre Albuquerque. Para além do absurdo e ridículo que esta situação representa para a “Capital”, parece que ainda não se deu conta, ou não se quis dar conta, da gravidade do perigo que acarreta! Só para exemplo, há uns dois anos atrás, um médico estrangeiro, residente na Prainha, foi atacado por uma, tendo baixado ao hospital, com uma perfuração no abdómen. E, é claro, que ninguém ficou sabendo! Não interessa! Dá trabalho!


O CONSUMIDOR

Ainda na mesma página deste semanário, li qualquer coisa acerca da existência e papel da ARE, crítica com a qual concordo em género, numero e grau. Este teme, entretanto, me remeteu de outro muito importante, que me tem vindo a fazer espécie: a violação dos direitos dos consumidores pagantes. Para além da Electra e Telecom gente, há que importar também outros fornecedores às vezes bem piores. Aqueles que nos tentam passar produtos fora do seu prazo de validade. Como ninguém gosta de reclamar, seus bolsos vão enchendo, levando-os a acreditar mesmo, que somos parvos!
Eu, reclamo sempre! E, nesta onda de reclamar, muitas vezes, sou confrontada com respostas do tipo: “Acho estranho… ninguém reclamou! Só você… e olhe que o produto tem muita saída!” ao que eu retruco: “pois é…o dinheiro a mim, custa ganhar e, vergonha, só tenho de roubar e matar…quem paga coelho e leva lebre e se cala, não é da minha conta; eu pago, e exijo que, no mínimo, me seja prestado o serviço para o qual me disponibilizo a desembolsar!”
Realmente é estranho, mas a estranheza, está no facto do pessoal “sofrer calado”, não na minha reclamação!
Existem locais de venda de produtos alimentares aqui na Praia, que semana sim, semana sim, têm produtos expostos para venda, na maior lata, com prazos expirados desde o primeiro trimestre de 2006! Pode?
Me pergunto: existe ou não, uma entidade responsável pela fiscalização deste tipo de atentado ao consumidor?

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